O Cortes de Cima Branco 2013 foi considerado o melhor vinho branco seco do mundo na edição 2015 do concurso Vinalies Internationales que se realizou no início de março, em Paris.
A distinção foi alcançada num dos mais importantes concursos mundiais de vinhos.
Este reconhecimento foi recebido com surpresa pela equipa de Cortes de Cima, levando o enólogo da empresa, Hamilton Reis, a dizer que “estão todos muito felizes tendo este prémio vindo ao encontro do reconhecimento da qualidade e do nosso trabalho desenvolvido desde há muito tempo pelos proprietários – Hans Kristian e a sua mulher Carrie – que encontraram no Alentejo o local perfeito para a sua fixação e para o desenvolvimento do seu projeto vitivinícola”.
Corte de Cima fica situada na região do Alentejo, mais propriamente na Vidigueira, e ainda junto à costa atlântica que goza de temperaturas bem amenas e de maiores amplitudes térmicas.
O branco é produzido com castas Alvarinho e Sauvignon Blanc da costa alentejana a que se juntou Viognier da Vidigueira. O enólogo Hamilton Reis classifica como importante num vinho branco “a sua acidez, a sua mineralidade e o seu nervo na prova”.
Hamilton refere que foram procurar na costa vicentina “a mineralidade, a profundidade, a acidez que se refletem nos vinhos tornando-os mais alegres, mais soltos, mais dinâmicos e com uma frescura superior. Nós temos uma parte da produção da uva que provém deste Alentejo atlântico no qual produzimos no Alentejo continental um novo estilo e uma nova dinâmica de vinho branca. E é isto que caracteriza o Cortes de Cima branco 2013”.
As Cortes de Cima são uma propriedade familiar com 400 hectares, estando 140 hectares plantados com vinha, 50 com oliveiras e 90 hectares foram reflorestados com sobreiros, azinheiras, pinheiros e alfarrobeiras.
“Durante a vindima, apanhamos as uvas em cada parcela de vinha de acordo com a sua maturação, e mantemos os cachos separados na vinificação. Fermentamos as uvas sem o engaço, sob temperatura controlada, com remontagem frequente, para aumentar a extracção da cor e do sabor. Cada fermentação é feita separadamente e todo o processo é muito complexo e trabalhoso”, segundo o site da empresa.
As medalhas de ouro para Portugal foram conquistadas por 12 generosos (11 Porto e um Moscatel de Setúbal), 10 tintos (quatro da Península de Setúbal, três do Alentejo, dois do Douro e um do Algarve) e 3 brancos (Setúbal, Alentejo e Douro).