O vinho tinto melhor classificado foi o Estremuz 2017, de Estremoz (distrito de Évora), de acordo com um comunicado da organização enviado à Lusa.
Vinhos do Alentejo foram premiados por um júri internacional no evento Essência do Vinho, que decorre até domingo no Palácio da Bolsa, no centro histórico da cidade portuense.
Relativamente ao tinto Estremuz 2017, foi “elaborado por João Portugal Ramos em Estremoz” e “na base tem um vinhedo de apenas 1,5 hectares, que representa somente 6% do total da vinha que envolve o Castelo de Estremoz, a mais emblemática do produtor”, consistindo num lote “em partes iguais, das castas Alicante Bouschet e Trincadeira”, com 1.953 exemplares engarrafados.
Já o branco foi o Quinta dos Carvalhais Branco Especial, do Dão, e nos fortificados o melhor classificado foi o porto Real Companhia Velha Very Old Tawny 1927.
Os três vinhos melhor classificados em cada categoria fazem parte do ‘Top 10 vinhos portugueses’, que desde 2006 são eleitos por um júri internacional presente na Essência do Vinho.
“Desta vez, dois vinhos brancos, seis vinhos tintos e dois fortificados são os sublinhados da competição”, refere a organização do certame.
Quanto ao Quinta dos Carvalhais Branco Especial, produzido pela Sogrape no Dão, “trata-se de um ‘blend’ que alia vinhos de sete colheitas: 2006, 2010, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2020”, com autoria da enóloga Beatriz Cabral de Almeida “e possui castas como Encruzado (48%), Gouveio (24%), Sémillon (9%) e outras variedades (19%)”.
Já o vinho do Porto Real Companhia Velha Very Old Tawny 1927 é um exemplar “muito velho do espólio da Quinta das Carvalhas, que integra uma coleção especial para celebrar os 265 anos da empresa, juntamente com portos de 1900 e de 1908”.
Nos restantes vinhos premiados, os tintos foram o Rosa Santos Família 2017 (2.º vinho tinto, Regional Alentejano, Jorge Rosa Santos & Filhos), Quinta da Boavista Vinha do Ujo 2017 (3.º vinho tinto, Douro, Sogevinus Fine Wines), Júpiter Code 01 2015 (4.º vinho tinto, Regional Alentejano, Rocim), Uivo Cronológico 2011 (5.º vinho tinto, IVV, Folias de Baco), Pape 2018 (6.º vinho tinto, Dão, Quinta da Pellada).
Nos brancos, a distinção foi para o Quinta do Regueiro Alvarinho Jurássico II (2.º vinho branco, Vinhos Verdes – Monção e Melgaço, Quinta do Regueiro), e nos fortificados para o Barbeito Famílias Meio Doce 50 Anos (2.º vinho fortificado, Vinho Madeira, Vinhos Barbeito).
Os vencedores foram anunciados e premiados hoje em cerimónia na Feitoria Inglesa, no centro histórico do Porto, um dia depois da prova realizada no Salão Árabe do Palácio da Bolsa.
O painel de jurados “avaliou em prova cega (sem conhecimento prévio dos vinhos) uma pré-seleção de mais de 60 amostras, efetuada pelo Painel de Provadores da Revista de Vinhos, que ao longo do último ano provou milhares de referências”, segundo a organização.
“Os convidados realizaram também visitas por diferentes regiões de vinho, participaram noutras provas e contactaram diretamente com produtores e enólogos. Trata-se de um contributo valioso a diferentes níveis, com resultados facilmente percetíveis”, disse Nuno Guedes Vaz Pires, fundador da Essência do Vinho, citado no comunicado do evento.
O certame, organizado desde 2004, decorre no Palácio da Bolsa até domingo e em prova estão 4.000 vinhos representados por 400 produtores nacionais e estrangeiros.
C/ Lusa