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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Vinhos do Alentejo querem pessoas deficientes no setor:”Há sensibilidade dos nossos produtores para isso” diz João Barroso, CVRA(c/som)

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) formalizou um protocolo de colaboração com a Humanwinety, projeto criado em 2022 pelo enólogo Bento Amaral, que promove a integração de indivíduos com deficiências físicas ou intelectuais, e outras minorias, nos setores vinícola e hoteleiro. No âmbito desta parceria, que visa o desenvolvimento da sustentabilidade social do Alentejo, será definida uma agenda que passará, entre outros, pela formação de profissionais para o setor, tendo como destinatários produtores e agentes económicos da região alentejana.

Capacitar indivíduos que por algum motivo ou momento da sua vida ficaram mais vulneráveis experienciando dificuldades na sua formação e na empregabilidade é a principal missão da Humanwinety, que, diariamente, luta para que haja um recrutamento inclusivo no mercado de trabalho e para que empregadores e candidatos estejam cientes dos vários benefícios que existem com a contratação de pessoas com deficiência.

 A Rádio Campanário falou com João Barroso, da Comissão que começou por nos referir “ o Alentejo, sendo a única região do País que tem um programa de sustentabilidade e que tendo uma componente social, decidiu estabelecer esta parceria pois achámos que seria algo que nos cairia como uma luva pelos princípios pelos quais nos temos regido nos últimos anos.”

De acordo com João Barroso, a CVRA tem “uma massa crítica muito interessantes de produtores-650 membros, 100 adegas do Alentejo no programa de sustentabilidade e 20 adegas já certificadas- com sensibilidade necessária para aceitarem este novo desafio de integrar pessoas com deficiências físicas ou intelectuais, e outras minorias, nos setores vinícola e hoteleiro.”

Na prática, explicou, vai ser feita a “Conceção, realização e promoção de cursos de formação contínua, bem como de formações de curta duração; realização de seminários, conferências, colóquios, encontros, jornadas, e outros eventos de partilha de conhecimentos sobre sustentabilidade social e inclusão; cedência e partilha de instalações e outros recursos no quadro de ações conjuntas a desenvolver; intercâmbio e partilha de informação e documentação no âmbito da sustentabilidade.”


João Barroso sublinha que , neste projeto, o papel da CVRA é essencialmente ser “um catalisador junto dos nossos produtores para que eles integrem estas pessoas.”

Através de ajudas disponibilizadas pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), por exemplo, os parceiros têm também ao seu alcance apoio técnico, comparticipação financeira no valor de 1,25 IAS (Indexante dos Apoios Sociais), por cada destinatário abrangido, e comparticipação financeira, nomeadamente nas despesas com a construção, instalação e equipamentos dos CEP e com a sua manutenção e conservação.

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