Hoje, dia 12 de janeiro, o Secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas, Frederico Francisco, e o Presidente da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, realizaram uma visita à obra em curso da nova Linha de Évora. A visita incluiu um percurso pelo troço Évora-Norte – Freixo a bordo da automotora de inspeção Allan Vip.
Esta obra, inserida no programa Ferrovia2020, conta com o apoio financeiro da União Europeia, é uma das maiores empreitadas ferroviárias em Portugal nas últimas décadas.
O objetivo primordial é criar o Corredor Internacional Sul, uma infraestrutura que ligará diretamente o Porto de Sines à fronteira com Espanha, em Elvas. O potencial desta ligação promete trazer inúmeros benefícios para o Alentejo e para o País.
Durante a visita, o Secretário de Estado Adjunto das Infraestruturas expressou a importância estratégica desta nova linha para Portugal. Adiantando que esta infraestrutura, com um investimento de cerca de 500 milhões de euros, é o primeiro troço de alta velocidade no país, de acordo com as classificações internacionais.
Além disso, referiu “que esta nova linha será fundamental para o transporte de mercadorias e passageiros, proporcionando uma ligação eficiente entre as cidades intermédias do Alentejo e as capitais, como Lisboa e Madrid”. Frederico Francisco acredita, “que, uma vez em funcionamento, esta nova linha possa melhorar significativamente as opções de viagem de comboio entre Portugal e Espanha”.
Quanto à possibilidade de paragens no Alentejo, o Secretário de Estado afirmou que, (…) apesar de não ser uma ligação de alta velocidade pura, está previsto que o serviço tenha paragens em cidades como Évora e Elvas, para atender à procura das cidades intermédias.
Sobre a logística e os terminais de mercadorias, acrescentou que (…) os “municípios do Alentejo já realizaram estudos económicos para demonstrar a viabilidade económica de concentrar os tráfegos de mercadorias da região”. Acrescentou “que próximo passo será estudar a localização mais adequada para concentrar a carga gerada na região e maximizar o transporte ferroviário de mercadorias”.
Quanto aos prazos e orçamentos da empreitada, o Secretário de Estado Adjunto reconheceu que houve atrasos, mas afirmou que os prazos atuais são os mais realistas, com a expetativa de conclusão para 2025. Quanto a derrapagens de custos, o Secretário de Estado Adjunto das infraestruturas, minimizou a sua relevância, afirmando que não são significativas num projeto desta envergadura.
A nova Linha de Évora representa um passo importante para o futuro do sistema ferroviário de Portugal, que se espera que traga melhorias significativas na conectividade e na mobilidade em todo o país.