A 39ª edição da Volta ao Alentejo em Bicicleta arranca amanhã, dia 16 de março.
O Percurso da 39.ª Volta ao Alentejo em bicicleta, que se disputa entre quarta-feira e domingo com as respetivas etapas é:
1.ª Etapa, 16 mar, Vendas Novas – Sines, 176,7 km.
2.ª Etapa, 17 mar, Beja – Portel, 187,7 km.
3.ª Etapa, 18 mar, Elvas – Ponte de Sor, 179,3 km.
4.ª Etapa, 19 mar, Castelo de Vide – Castelo de Vide, 8,4 km (CRI).
5.ª Etapa, 20 mar, Castelo de Vide – Évora, 171,9 km.
A 39.ª Volta ao Alentejo recuperou as bonificações para desafiar os candidatos à sucessão do ciclista uruguaio Mauricio Moreira, que terão pela frente, entre quarta-feira e domingo, 724 quilómetros sem montanha, mas com um contrarrelógio ‘explosivo’.
Incontornável no calendário nacional, a ‘Alentejana’ já teve vencedores de renome, como os espanhóis Enric Mas (2016), vice-campeão da Vuelta em 2021 e 2018, José Luís Rubiera (1999), um dos principais gregários de Lance Armstrong, Melchor Mauri (1998), campeão da Vuelta1991, e o ‘gigante’ Miguel Indurain (1996), pentacampeão do Tour, ou o belga Jasper Stuyven (2013), vencedor da Milão-Sanremo do ano passado, mas nos últimos anos tem-se conformado em ‘lançar’ candidatos ao triunfo na Volta a Portugal.
Nas duas linhas mais recentes do palmarés desta corrida figuram os nomes de Mauricio Moreira (Glassdrive-Q8-Anicolor) e João Rodrigues (W52-FC Porto), talvez os dois melhores corredores do pelotão português – o uruguaio secundou Amaro Antunes, o bicampeão da Volta a Portugal, na última edição daquela prova, e o algarvio, vencedor da Volta ao Algarve do ano passado, triunfou na ‘Alentejana’ em 2019, o ano em que ‘explodiu’ no panorama nacional.
Contudo, o uruguaio está lesionado e a honra de transportar o dorsal número um cabe ao seu companheiro de equipa Luís Mendonça, vencedor em 2018 – o ‘sprinter’ da Glassdrive-Q8-Anicolor e Rodrigues são mesmo os únicos ex-campeões presentes -, com a lista de candidatos a estar completamente em aberto, embora se espere que esta corrida marque o reinício das hostilidades entre os dois blocos mais fortes da época transata, que vão partir de Vendas Novas, na quarta-feira, para os 724 quilómetros da 39.ª edição, na máxima força.
Se a W52-FC Porto tem o algarvio, o campeão nacional José Fernandes ou o regressado José Gonçalves, Mendonça faz-se acompanhar de Rafael Reis e António Carvalho, num ‘mano a mano’ em que se procurarão intrometer as restantes oito formações continentais lusas, mas também as espanholas (e ProTeam) Burgos-BH, Caja Rural e Euskaltel-Euskadi, equipas que tradicionalmente se dão bem por cá.
Para ‘complicar’ um percurso sem dificuldades assinaláveis (existem apenas contagens de montanha de quarta categoria), a organização promoveu o regresso das bonificações nas etapas em linha, algo que, por si só, garantirá animação adicional na luta pela amarela, a começar logo na primeira etapa, uma ligação de 176,7 quilómetros entre Vendas Novas e Sines.
Segue-se, na quinta-feira, a jornada mais longa desta edição, uma ligação de 187,7 quilómetros entre Beja e Portel, que antecede o regresso de Elvas ao percurso. Há 17 anos que a cidade raiana não fazia parte do itinerário da prova e, na sexta-feira, servirá como ponto de partida para os 179,3 quilómetros da terceira tirada, com final em Ponte de Sor.
Provavelmente, o ponto alto da 39.ª ‘Alentejana’ acontecerá no sábado, dia de contrarrelógio em Castelo de Vide: serão 8,4 quilómetros intensos e explosivos para definir aquele que, potencialmente, será o vencedor final.
Quem sair do ‘crono’ com a amarela estará bem colocado para subir ao lugar mais alto do pódio no domingo, na praça do Giraldo, em Évora, onde terminam os 171,9 quilómetros da quinta e última etapa.
C/Lusa