Segundo o Record, os ‘ex-emigrantes’ Daniel Viegas e Diogo Barbosa ainda estão a adaptar-se “à forma diferente de correr” do pelotão nacional, naquela que é a sua primeira época no ciclismo português, após uma carreira construída além-fronteiras.
“Está a correr bem. Eu nunca tinha corrido a nível profissional em Portugal, só em júnior, nas camadas de formação. Até agora tem sido uma boa experiência. É uma forma diferente de correr, mas até agora estou a gostar”, reconheceu Viegas, em declarações à agência Lusa, na Volta ao Alentejo.
O algarvio de 25 anos passou sete anos na estrutura da EOLO-Kometa, o projeto de Alberto Contador e Ivan Basso, do qual se despediu no final do ano passado, depois de ter alinhado em provas emblemáticas como o Giro Ciclistico d’Itália (conhecido como ‘Baby Giro’) ou a Strade Bianche.
Atualmente, a representar a equipa da sua terra, a Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, Viegas assume alguma deceção pelo final da sua carreira internacional.
“Sim e não. Eu também me sinto bem aqui, estou numa equipa em casa, não é? Também agora tenho a minha filha, que já nasceu, também precisa um bocadinho de mim aqui mais perto e estou contente”, garantiu, admitindo, contudo, que não foi o facto de ser pai que o fez voltar a Portugal: “Já que não tinha muitas oportunidades das que eu queria lá fora, foi uma boa opção vir para perto de casa”.
Para trás, Viegas deixou um percurso como emigrante de que gostou “muito”.
“Tive umas boas experiências lá fora e estou a utilizar agora essas experiências no nosso pelotão. Estou a ajudar os nossos colegas também a entenderem algumas táticas de corrida que, às vezes, não é que não entendam, mas quando correm estas equipas, por exemplo, da Caja Rural e da Burgos [BH], correm de maneira diferente e é sempre bom ajudar”, pontuou.
Também Diogo Barbosa confessa estar a acostumar-se às corridas “mais descontroladas” do calendário nacional. “Lá fora, as equipas conseguem controlar e fazer um trabalho mais organizado. Aqui, não se vê tanto isso. Mas é assim que se corre em Portugal e temos de nos adaptar”, completou.
Ainda assim, o jovem de 22 anos, que passou as últimas duas épocas na Hagens Berman Axeon, o ‘viveiro’ de talentos (portugueses e não só) do ciclismo mundial, admitiu à Lusa estar a gostar de representar a AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense
Foto: Record
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